terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Atividades finais do projeto Viajando no Mundo das Histórias Infanto-juvenis

Alunos entregando suas composições finais do projeto Viajando no Mundo das Histórias Infanto-juvenis.
Satisfação e a certeza de que muito foi assimilado nos processos de leitura e de composições textuais
Professoras se congratulam pelo final  das atividades do projeto de leitura na biblioteca
Composição textual e imagética, uma escolha temática do aluno.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

INTERPRETAÇÃO E ANÁLISES DE ELEMENTOS LINGUÍSTICOS DO ARTIGO DE OPINIÃO TRANSCRITO ABAIXO:


Violência no Trânsito e educação


Nossa educação compreende algo ao mesmo tempo complexo e belo. Requerendo, assim, uma formação que se estende para além da pura e simples aquisição de habilidades, destrezas e competências técnicas. Esses quesitos são, sem dúvida alguma, importantes, e devem fazer parte do processo educativo. Contudo, faz-se necessário irmos além dos objetivos produtivistas da eficácia e da eficiência quando tratamos da educação das pessoas.
 Nossa educação é, cada vez mais, desafiada a contemplar questões como o respeito às diferenças, a responsabilidade social e ecológica e a cidadania. Uma educação deste tipo exige um começo que se dá na mais tenra idade e se prolonga por toda a vida. É nessa perspectiva que a educação escolar se constitui em mais um importante espaço para a formação de pessoas mais solidárias e mais cooperativas, colaborando para que nos construamos mais desarmados de tanta intolerância e tanta competição.
Se continuarmos neste caminho, logo chegaremos à falência global do nosso modo de vida em sociedade. Exagero? Pessimismo? Pode até ser. Porém, como entender, por exemplo, que duas pessoas possam ter sido violentamente atropeladas enquanto atravessavam a rua, justo numa faixa de segurança para pedestres? Refiro-me aos fatos ocorridos aqui em Santa Maria dias atrás.
 Esses dois tristes eventos se tornaram ainda mais dramáticos e emblemáticos, do absurdo a que se pode chegar, ao sabermos que uma das pessoas atropelada era uma menina de 5 anos de idade e, a outra, um idoso de 87 anos. A menina está internada em um hospital, e o idoso faleceu em função do atropelamento.
 Enquanto isso, seguimos assistindo campanhas contra a violência no trânsito que privilegiam a fiscalização, as multas e um discurso midiático de aterrorizar as pessoas com imagens chocantes. Isso é o que tem sido feito desde sempre e não tem funcionado. A cada feriado prolongado o número de acidentes com mortos e feridos se repete, quando não aumenta.
 Já escrevi em outra ocasião que não existem motoristas violentos, mas, sim, pessoas violentas e intolerantes. Nestas horas é bom lembrar o mestre maior da educação brasileira, Paulo Freire, quando ele ensinava que se a educação sozinha não melhora o mundo, o mundo também não melhora sem educação. Como a educação é um processo longo e de resultados difíceis de avaliar rapidamente, é bem mais fácil fazer atalhos, mesmo sabendo que não vão nos levar a melhores lugares.

VALDO BARCELOS|Professor da UFSM e escritor

Artigo publicado no Diário de Santa Maria, em 30/04/2011 | N° 2805

INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE DO TEXTO


            O texto do artigo é narrado predominantemente em primeira pessoa do plural, exceto no último parágrafo, em que o professor se refere a outro texto de sua autoria, possivelmente artigo. Nele o autor diz citar Paulo Freire para justificar a necessidade de se educar as pessoas, incluindo-se os motoristas, para “acabar com a violência e a intolerância no trânsito brasileiro”. Deixando claro que a solução não advém da punição e de campanhas esporádicas e sim através de um processo educacional à sociedade como um todo.
            A leitura do artigo chama a atenção do leitor já a partir de seu próprio título. Nele a violência no trânsito é relacionada com a educação. A curiosidade do interlocutor se prende ao fato de que educação não é algo, aparentemente, associado com violência, especialmente por ter sido utilizada no texto a idéia de soma empregada, através da conjunção aditiva “e”. O autor ao escolher esse tipo de composição parece impressionar, desde o início, as pessoas interessadas em debater a problemática da violência do trânsito brasileiro, mas também aquelas que lidam ou se interessam em discutir a educação. Desta forma o tema proposto é ampliado; e, ganha uma dimensão muito maior do que simplesmente a de se mencionar o fenômeno em pauta.
            O corpo do artigo é surpreendente. Na sua introdução e, no segundo parágrafo, o autor não faz nenhuma referência à violência no trânsito, utiliza-os para analisar o significado de uma educação que proporciona ao aprendiz uma formação para habilidades explicitadas por ele, como sendo de “destrezas e competências técnicas”. Porém, apesar de não repudiar esse tipo de educação, afirma que ela não pode se resumir a isso.  Deve ser mais abrangente que e ir além dos “objetivos produtivistas da eficácia e da eficiência”, se tornar uma  educação que tenha as pessoas como foco principal.
            Numa linguagem formal e cortês, o professor não desaprova totalmente a concepção de educação até o momento em evidência na sociedade brasileira, tanto que de modo positivo a define como “algo complexo e belo”. No entanto deixa clara a sua preferência – uma educação que seja capaz de formar as pessoas para aprender a conviver com “o respeito às diferenças, à responsabilidade social e ecológica e à cidadania”. Um tipo de educação que não começa e termina na escola e nem tem um período determinado como a escolar. É um processo de socialização que deve começar desde a “mais tenra idade” e que deve se prolongar durante toda a vida do (a) cidadão (ã), tendo a escola como um lócus privilegiado, mas que não é apenas nela que o indivíduo a adquire, pois precisa fazer parte de todo e qualquer espaço de convivência social. Por isso afirma ele
 [...] a educação escolar se constitui em mais um importante espaço para a formação de pessoas mais solidárias e mais cooperativas, colaborando para que nos construamos mais desarmados de tanta intolerância e tanta competição. ( BARCELOS, p. 1, 2011).
            Segundo o autor, ao continuarmos convivendo com tanta intolerância e com tanta competição, não tardaremos a alcançar “a falência global do nosso modo de vida em sociedade”. Essa afirmação é condicionante e introduzida pela conjunção “SE”, parecendo demonstrar que a responsabilidade em fazer com que isso não venha ocorrer depende de mudanças de atitudes comportamentais das pessoas da sociedade brasileira, portanto, nossa. Isso só será possível ao assumirmos a efetivação de uma educação que possibilite a formação de cidadãos críticos e solidários. Quem sabe iniciarmos educando as pessoas para respeitarem às leis do trânsito, por exemplo! O articulista sutilmente transparece sua indignação com a falta de respeito a essas leis e, logicamente, às vidas das pessoas que, segundo ele, foram violentamente atropeladas, ao atravessar uma faixa de segurança de pedestre em Santa Catarina, dias atrás. Sua revolta ainda é maior pelo fato de que as vítimas do atropelamento foram uma criança de 5 anos e um idoso de 87 anos, seres humanos merecedores de atenção e cuidados maiores, dada suas condições fragilidade.
            É notável a sensibilidade do autor ao se reportar a um acontecimento atual e localizado, mas que o dimensiona para o contexto da violência do trânsito nacional, inserindo-o nas tragédias costumeiramente assistidas por cada um de nós a cada fim de semana e em dias feriados no país. Ainda traça um paralelo entre o fato localizado e a situação nacional; as providências assumidas para minorar a problemática; a relação de causalidade do fenômeno da violência  com o tipo de educação oferecido no Brasil; e, o que deveria ocorrer de fato, segundo ele para solucionar o problema – educação para o exercício da cidadania.
            Por fim, de modo velado, o articulista critica os instrumentos adotados pelo Brasil para solucionar o problema, como as campanhas episodicamente veiculadas na mídia nacional, sem nenhum caráter educativo e que apenas tem se caracterizado pela fiscalização, pelas multas e pelos discursos aterrorizantes divulgados nos meios de comunicação. Essa contestação nos leva a compreender que a saída proposta e defendida pelo autor é a educação contínua das pessoas, entre elas – os motoristas. Pensamento com o qual eu comungo – Educação com práticas cidadãs para o exercício da cidadania.
            Enquanto recursos linguísticos no texto merecem destaques:
A)    O uso da conjunção aditiva “e” no título do artigo, o que faz estabelecer um paralelo entre a violência no trânsito e o tipo de educação que é oferecida as pessoas no Brasil.
B)    Os adjetivos – complexo e belo se referindo à educação, àquela que requer além da pura e simples aquisição de habilidades, destrezas e competências técnicas.
C)    “sem dúvida alguma” - expressão utilizada para se referir a importância dada aos quesitos da educação que forma para a aquisição de habilidades, destrezas e competência técnicas.
D)    “contudo” – conjunção empregada para afirmar que a educação precisa ir além da aquisição de competências técnicas e destrezas ou mesmo de habilidades.
E)     O pronome “nossa”, referindo-se à educação brasileira. Utilizado na primeira pessoa do plural atribui ao texto um caráter de impessoalidade, geralmente próprio deste tipo de gênero – artigo jornalístico.
F)     “cada vez mais” – acentua no texto a intensidade com que a nossa educação é desafiada a contemplar valores como o respeito às diferenças, a responsabilidade social e ecológica e a cidadania.
G)    “É nessa perspectiva que”- refere-se à educação que contemple o respeito às diferenças, a responsabilidade social e ecológica e a cidadania.
H)    “em mais um” – relacionando-se com espaço escolar de formação de pessoas mais solidárias e cooperativas, em contraposição a ser a escola o único espaço educativo para esse tipo de formação.
I)       “Se”- conjunção condicional – reporta-se aos termos do parágrafo anterior “tanta intolerância” e “tanta competição”
J)       “Refiro-me – primeira pessoa gramatical, diferente da posição do narrador em praticamente todo texto, parece deixar transparecer a angústia do locutor com a tragédia acontecida e situar a sua concepção a respeito do fenômeno da violência em questão.
K)    Os adjetivos ”tristes”, “dramáticos” e “emblemáticos” – caracterizam os eventos narrados. Entretanto, os dois últimos atribuem maior dramaticidade as situações, pelo fato das pessoas atropeladas terem sido uma criança e uma pessoa idosa. O estado emocional do narrador fica transparente no texto, através destes adjetivos e de outro também – “absurdo” relacionado também com os eventos relatados.
L)     “Enquanto isso” – estabelece um paralelismo entre a violência no trânsito cada vez mais crescente, o desrespeito as pessoas, as vidas alheias e a existência de estratégias inócuas e inconseqüentes que não resolve o fenômeno em questão.

 Enildo da Paixão Rodrigues       
           

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Governar o Mundo para as crianças é coisa séria!!!


Com o Projeto Viajando no Mundo das Histórias Infanto-Juvenis, a professora Bernadete de Assis provoca a imaginação férteis das crianças, através da leitura e contação de história baseada no livro "\se a criança governasse o mundo", de Marcelo Xavier.

RELATO DA HISTÓRIA DO FILME O XADREZ DAS CORES

passeandopelocotidiano.blogspot.com
                                            JEFFERSON GOMES – 8º A

O filme narra a história da convivência entre uma mulher branca e outra negra. A primeira, Maria – viúva, idosa, sem filhos, doente e muito solitária, totalmente dependente. A segunda, Cida - jovem, negra, pobre, sem filhos, trabalhadeira, honesta, independente, habitante em uma comunidade muito pobre.
Maria contratou Cida como sua empregada e cuidadora. No entanto, apesar da eficiência e da honestidade de Cida, Maria a tratava com xingamento, palavras ofensivas e discriminatórias, preconceituosas. Enfim, a função de Maria era a de humilhar sua funcionária, apenas porque ela era negra. Tudo que Cida fazia, e fazia muito bem, não era suficiente para fazer de Maria uma pessoa mais humana, menos intolerante. Mesmo nos momentos de diversão era perversa, racista. Não sabia ela que o seu único divertimento seria o instrumento de libertação de Cida e dela própria – o xadrez.
Maria gostava de jogar xadrez, mas não tinha companhia, ela sempre pegava o jogo e ficava manuseando as peças, sem com quem jogar. Cida observando a atitude de sua patroa, ela procurava ajudá-la, mas não sabia como porque ela não sabia jogar xadrez. Então ela pediu a senhora para lhe ensinar. Maria aborrecida lhe ensinou, mesmo por que era a única forma de ela não se divertir um pouco. A empregada aprendeu o jogo e passou a ser parceira de Maria sempre que ela queria jogar. No entanto, a mulher usava o jogo para discriminar sua empregada. Durante as partidas, ela só ficava com as peças brancas, enquanto que para Cida lhe cabia as peças negras. Como Maria tinha mais habilidades com o xadrez, ela sempre ganhava e toda vez que comia uma peça - a negra – jogava-a no balde de lixo, representando o ódio pelos negros. Aquela atitude era como se estivesse jogando Cida no lixo.
Um dia Cida comprou um jogo de xadrez. Em casa, enquanto manipulava as peças, observou as crianças da comunidade, onde ela morava brincando. Então resolveu fazer do xadrez uma saída para que aquelas crianças não vivessem a situação de violência, pela qual passou o filho dela. Foi assassinado. Aliás, a violência era a única coisa que deixava Maria e Cida em condição de igualdade – a patroa foi obrigada pelo marido a abortar o seu filho e a empregada teve seu filho morto pela violência da sociedade.
Deixando de lado o parêntese, Cida convida as crianças para tomar conhecimento do xadrez. Uma a uma se aproximam e começam a jogar.
Cansada de tanto ser humilhada, Cida desiste de trabalhar na casa da racista. Seu sobrinho, o agenciador, contrata outra empregada. Uma mulher branca. Só que a nova empregada de eficiente não tinha nada, não cuidava da senhora como Cida fazia. Assim ela foi dispensada. O sobrinho de Maria volta a procurar por Cida, que reluta, mas termina voltando para o emprego. Só que com outro pensamento, visão da vida. Ela agora era uma cidadã, consciente de seus direitos e deveres. Assim, ela era quem poria “as cartas na mesa”, ou melhor, as peças de xadrez. Nas partidas com Maria, ela ficaria com as peças brancas e Maria com as pretas. Maria, por falta dos trabalhos de Cida e talvez por reconhecer a sua capacidade de transformação, aceita as condições. As duas acabam se tornando amigas.

Obs: O texto resultou de aulas de Português  sobre africanidade - dignidade e cidadania dos afrodescendentes no Brasil, entre  elas duas aulas com o vídeo -Xadrez das Cores. É um relato composto pelo aluno supracitado, com a supervisão e revisão do prof. Enildo da Paixão .

  












TRÂNSITO NO MEU BAIRRO (Rangel)



Alisson - 8º A
Disciplina - português

Começo falando das condições das ruas. Elas estão esburacadas, cheias de lixo. Algumas parecem pistas de MotoCross.
 Infelizmente, há pessoas, inclusive moradoras das próprias ruas que as esburacam. Certa vez, a prefeitura enviou uma equipe (máquina e homem) para consertar uma rua, logo após a sua saída, moradores voltaram a esburacá-la.
 É claro que a situação precária do trânsito não é provocada somente pelas condições das ruas, vários fatores influenciam: imprudências de pedestres e de condutores de veículos; má sinalização dos sinais de trânsito nas ruas; ausência de iluminação pública em diversas artérias; falta de punição para quem desrespeita as leis de trânsito; e, principalmente, o desrespeito à vida.
No que se refere a respeito, outro dia, assisti a uma senhora idosa precisando atravessar uma rua. Ela estava em frente a uma faixa de pedestres, estendeu a mão para que os motoristas parassem, um parou, o outro não. Resultado – quase houve um grave acidente. Mas não é só esse fato que exemplifica a situação de falta de respeito no trânsito em meu bairro, na cidade e em todo o Brasil. è comum motoristas estacionarem carros em cima das calçadas, impedindo que as pessoas transitem normalmente naquele espaço.  Isso é um grande desrespeito aos transeuntes, especialmente às crianças, aos idosos e aos deficientes físicos.
O fato é que os pedestres precisam cada vez mais estar atentos – ser cuidadosos ao atravessar uma rua ou avenida. Sempre olhar em sua direção para ver se há possibilidade de passar sem que um acidente ocorra e lhe leve a vida ou, no mínimo , lhe deixe enferma.
Estamos precisando de muita educação para o trânsito. Mas não só isso - aprender a respeitar as vidas dos outros e as nossas é essencial.


Obs: O texto é resultado de composição textual em sala de aula e tem a supervisão e revisão do prof. Enildo da Paixão.